27 outubro 2012

A chegada em Capri (parte1)

A ansiedade em conhecer um dos cartões postais mais famosos do mundo me levou direto pra Capri sem nem sequer saber quantos quilômetros eu iria percorrer pra chegar até o meu objetivo.

No fundo do meu coração sabia apenas que eu chegaria, de um jeito ou de outro.

Lembra do ultimo post que escrevi sobre a Toscana? Se não leu ainda, volta umas paginazinhas atrás que eu conto pra você como foi e como vim parar aqui.

E conseguimos ! Capri nos aguardava com aquela atmosfera caribenha igualzinho os filmes italianos que já assisti em algum passado não muito distante.
Era noite e estava quente. Um verão tipicamente abafado, olhei pro céu e sentia a brisa do oceano bater na minha pele, ora misturava com o vento gelado que vinha do mar,via também muitas nuvens cinzas, misturadas naquele céu azul marinho penetrante cheio de estrelas.

O Ferry que trouxera nós acabara de fixar ancoras no Porto de Capri e nem acreditava direito que ,enfim, eu estava lá.
Meus pezinhos estavam lá...
De verdade. E aquilo não era um sonho:)

Acabamos pegando a última embarcação e viemos muito confortáveis. A maioria que embarcaram conosco eram moradores ou funcionários da ilha e estes já estavam dentro dos carros esperando só o compartimento abrir para saírem com seus carros.

A duração em alto mar saindo do Porto de Nápoles e chegando até Capri deu em torno de 1 hora e passou rápido , apesar de já estarmos muito cansados depois de termos dirigido e enfrentado uma longa estrada (linda) o dia inteiro .

Primeiro os carros começaram a sair, e depois foram as poucas pessoas que estavam conosco. Via o escuro do mar batendo entre o vão da Terra firme a poucos centímetros da embarcação quando olhava pro oceano.

Uma pisada larga.

Era isso que nos separava do sonho de estar alí, em CAPRI.





01 outubro 2012

Estrada e paisagens cinematográficas pela Itália. Toscana Pienza e Monte Oliveto

Uma combinação perfeita para quem é apaixonada por fotografias e viagens.

Faz 2 horas aproximadamente que pegamos a estrada sentido a parte mais esperada da nossa RoadTrip pela Itália, a Costa Amalfitana.
Pelo que consta no GPS,dará aproximadamente 5 horas e 40 minutos de viagem até o destino final,Capri.
Resolvi ir escrevendo um pouquinho sobre a Toscana e o que achei de lá enquanto o marido dirige aqui do lado. O difícil mesmo será fazer a seleção das fotos depois!


Escolher essa parte do destino da nossa viagem foi muito simples , bastou a sonhadora aqui pesquisar um pouquinho sobre os lugares mais bonitos para fotografar na Itália, e Toscana apareceu como um passe de mágica. Lá descobrimos o lugar perfeito que procurávamos pra  relaxar um pouquinho. Coisa que até agora não havíamos encontrado.

A cidade escolhida para servir de base foi Pienza e chegamos lá por volta das 23.00 hs da  noite. Meio tarde eu sei, mas é porque insisti em  passar por  Florença antes. Queria muito tirar fotos na Ponte Vecchio e foi o que eu fiz. Ela é maravilhosa!

Mas a surpresa começou mesmo quando olhei pra cima e vi um céu  negro, lindo e coberto de estrelas.
Foi amor a primeira vista! Tanto que reservamos o Hotel para uma noite apenas  e logo de cara ,já pedimos ao funcionário adcionar mais uma diária de tamanha felicidade. Pienza é um lugar muito romântico, recomendadíssimo para casais em lua de mel ou simplesmente pra quem quer esquecer da vida um pouquinho.



E as surpresas não pararam por aí. Quando abri a janela do quarto, pude sentir o cheirinho maravilhoso de campo entrando  dentro de mim. Fiquei tão entusiasmada que chamei imediatamente  todo mundo pra respirar aquele ar junto comigo. Aquilo invadiu os  meus sentidos. Senti um enorme desejo de compartilhar com meus amores o que estava sentindo.

O cheiro do mato entrando dentro de você é algo que não quero esquecer tão cedo!
As vezes ainda respiro fundo como naquela noite tentando sentir o aroma daquele campo.
O marido falou que se ele pudesse colocaria o arzinho dentro de uma garrafinha e me daria de presente no Brasil.


Toscana é uma região da Itália que possui uma beleza única com vilarejos e casas  graciosamente bem preservadas. Você vai encontrar paisagens lindas que mais parecem pinturas. Poderá degustar de deliciosos vinhos e uma culinária italiana maravilhosa com suas pastas (macarrões de todos os sabores com ótimos vinhos (baratos) como acompanhamento. De noite dormirá ouvindo o som das corujas e de dia,o dos passarinhos. Sentirá o vento batendo no seu rosto e pensará que aquilo TUDO é um sonho... lindo... e quando você se der conta... descobrirá que você estará... vivendo de verdade!

Pra que tirar fotos de paisagens  se você tem uma modelo linda igual a Carol entrando na frente da câmera em quase todas as suas  fotos. Essa baixinha tirava a minha concentração.
Eu vi muito mais "homens" parando nas lojinhas e mulheres do lado de fora do que o contrário . Isso significa que nem todas as viagens nós mulheres somos consumistas, ó que bom! Lá em Veneza um marido  pediu o prato no restaurante e disse  pra mulher cansada e suada de tanto andar - Eu vou alí na lojinha e já volto! É rapidinho! Ela deu uma bufada com cara tipo - De novo! Balançou a cabeça e pegou a água que o garçom acabara de trazer , depois de longos minutos o marido voltou , obrigou a mulher a ir com ele na " lojinha " e deixou os dois filhos adolescentes no restaurante esperando a comida chegar. A comida chegou e eles ainda não tinham voltado. Vi essa cena várias vezes inclusive comigo foi um pouco parecido. -Homens controlem-se na Europa tá! Não sei o que aconteceu, parece que os maridos são abduzidos pra dentro delas :)  O meu comprou até tempero da Toscana pra trazer na mala, e  ele parou de cozinhar tem uns 7 anos. :)

Arquitetura Real. Residências reais onde as pessoas moram.  Notem na foto as roupas penduradas no varal. Vida real como ela é! Bem diferente de quem vive numa metrópole louca como São Paulo.

É tudo tão lindo!


Saímos de Pienza meio que não querendo ir embora.

Ainda no hotel depois de tomar um delicioso café da manhã em família, o marido subiu pro quarto com a crianças e eu fui pra salinha de leitura do hotel ler um livro.
Já no quarto pra fechar as malas, a recepcionista interfona no quarto gentilmente solicitando o check-out. Quem foi que disse que eu queria ir embora? :) Juro que se tivesse mais dias ficaria alí mesmo, só relaxando no spa do Hotel que nem deu tempo de aproveitar.

Pienza é uma cidade super charmosa, que me agradou muito de todas as cidades que visitamos na região da Toscana. A parte mais legal é que você nem precisa andar tanto a pé e muito menos se assustar com aquelas subidas íngremes que quase todas, se não todas as cidades possui. De lá seguimos caminho pra Monte Oliveto, uma cidadezinha que fica no meio do caminho antes de chegar em  Roma.









 



E aqui encontramos a  Gruta de Nossa Sra de Lourdes que acreditem,só achamos porque o celular tocou e tivemos que parar pra atender. Agradável surpresa . A gruta fica nos fundos de uma entrada, numa porta que dá direto pra rua, numa espécie de convento e não resisti, entrei pra fazer uma oração. A ruazinha é linda, feita de paralelepípedos ,bem antiga enquanto subia, subia, subiaaa até encontrar o centro de Monte Oliveto que fotografei logo abaixo. Eu adorei né, sou super devota de Nossa Sra de Lourdes e como não deu  pra encaixar  no roteiro a Gruta verdadeira,que fica na cidade de  Lourdes na França,esse achado foi com certeza uma benção divina! 
 
 Centro de Monte Oliveto






Para chegar nas cidades, pesquisava rapidinho  na internet um lugarzinho qualquer ,colocava o endereço no GPS e pronto, ele mostrava o caminho. A surpresa começava  quando olhava pra cima.

Olhava pro marido e perguntava: Cadê a cidade?  Acho que chegamos! O marido respondia: Não! Já já aparece! Eu entortava a sobrancelha e dizia :-  Mozinho, eu acho que a cidade é aquilo lá em cima mesmo!
E batia o desespero e a ansiedade de chegar lá em cima logo.
Estávamos avistando uma espécie de bairro medieval com muralhas em volta. Aproximamos até onde nos sentimos seguros chegar com o carro e depois seguiamos a pé juntamente com alguns turistas que seguiam com o guiazinha na mão. Brasileiro alí era bem dificil encontrar. As ruas eram  lindas de uma arquitetura e de um romantismo inigualável e quando você consegue chegar lá no topo da muralha percebe a oportunidade única que você acabou de se dar de presente. Enxergar com seus próprios olhos  aquelas colinas verdejantes. Uma experiência muito gratificante.

Carro dentro das vilas nem pensar,vi apenas dos moradores ou comerciantes e mesmo assim a maioria deles possui carros compactos,minúsculos mesmo, normalmente para 2 pessoas ou então motos. E juro! Fiquei agoniada só de pensar em manobrar o nosso carro alí dentro e olha que eu amo dirigir!

O legal de você escolher ser um viajante nessa vida,é poder compreender coisas que antes você só via nos filmes e não entendia como por exemplo: Será que  existe mesmo carrinhos tão  pequenininhos em  Roma? ou Porquê alguém vai querer comprar um carro assim se ele não é anão?



Marido dirigindo quando chegou no Porto di Napoli

E depois de algumas horas curtindo a estrada chegamos no Porto di Napoli ,achando que iriamos embarcar de carro para a famosa Ilha de Capri .Podem rir, eu mesmo já me rachei de tanto rir. Essa parte foi o furo da nossa viagem. O guarda do porto disse que carros só o dos moradores da Ilha e mesmo que conseguissemos autorização do superior dele, achava que o nosso carro seria meio grandinho pra andar na ilha. Estávamos com um Peugeot 508 alugado pela RentalCar . E só quando chegamos na ilha, fomos entender o porque nosso carro era grande pra ela.

Ferry da Caremar em alto mar.
Capri era nosso próximo destino,deixamos o carro no estacionamento do Porto,compramos as passagens  e embarcamos no Ferry como passageiros. A empresa Caremar que fez a travessia até a Ilha.

Dica: O último horário da travessia ocorre normalmente entre 19.00 e 21.00 hs mais ou menos, mas ó, é bom dar uma olhada no site da Caremar antes, acho que eles vendem online os bilhetes, eu sou  meio maluca eu sei e corremos muito risco de ter que ficar uma noite perdida em Nápoles por não ter pesquisado nada antes e ter ido com a cara e coragem. Confesso que essa hora um  roteirinho básico fez falta. Mas o bom da história é que o Destino mais uma vez mandou super bem nos trazendo são e salvos até Capri!

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